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O trabalho remoto continua crescendo

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Para milhões de trabalhadores, trabalhar de casa se tornou uma realidade: o número de funcionários trabalhando regularmente de seus lares nos EUA aumentou 115% na última década, de acordo com dados da Global Workplace Analytics. Esse aumento faz com que o número de trabalhadores remotos nos EUA chegue a 3,9 milhões ou 2,8% da força de trabalho. 

Dentre todos os participantes da Grande Pesquisa Regus, 93% afirmaram que prefeririam um empregador que oferecesse trabalho flexível no lugar de um empregador que não oferecesse isso, e esse número certamente aumentará nos próximos anos.

Quem são esses trabalhadores?

Geralmente pensamos no trabalhador remoto como um jovem recém-formado, trabalhando em um ramo criativo, como design gráfico ou publicidade, movido a expressos na cafeteria de sua escolha.

Na verdade, há trabalhadores remotos em todos os segmentos. Os dados da Global Workplace Analytics não incluem autônomos, pelo contrário, os dados mostram que o trabalho remoto é mais comum entre gestores, nas indústrias de serviços profissionais, científicos e técnicos na liderança.

Longe de ser em sua maioria jovens da geração Y, metade desses trabalhadores remotos tem 45 anos ou mais. Os respondentes também apresentaram, no geral, maior formação acadêmica e salário em média US$ 4.000,00 mais em relação a funcionários que não trabalham remotamente.

Cada vez mais, o trabalho remoto deixa de ser encarado como uma opção barata para trabalhadores à margem do mercado, e passa a ser uma maneira de valorizar profissionais experientes e altamente qualificados em busca do equilíbrio entre trabalho e vida pessoal.

 

Uma força de trabalho remota é mais produtiva

Apesar de muitas vezes lidarem com uma carga de trabalho maior, nossa pesquisa indica que trabalhadores remotos têm melhor equilíbrio entre vida e trabalho e sentem-se mais realizados em relação a seu trabalho do que funcionários que trabalham no escritório. Dentre os trabalhadores remotos, 52% estão menos propensos a tirarem folgas e 23% estão preparados para trabalharem mais, o que os torna mais produtivos também.

O estudo da Global Workplace Analytics estima que esses trabalhadores podem ser responsáveis por uma economia anual de até US$ 11.000,00 para a empresa ao trabalharem de casa.

Também há benefícios para os funcionários, que recuperam o equivalente a 11 dias por ano por não terem que se deslocar até o trabalho e podem economizar até US$ 4.000,00 ao ano em despesas de transporte.

 

A tecnologia e os espaços de trabalho flexíveis facilitam a transição

O crescimento rápido do trabalho remoto em algumas cidades evidencia a importância da tecnologia e infraestrutura. Chattanooga, no Tennessee, foi a primeira cidade dos EUA a disponibilizar conexões de internet de 10 gigabit, por volta de 1.000 vezes mais velozes que a banda larga geralmente utilizada. O resultado? Um aumento de 325% de trabalhadores remotos.

Em contraste, trabalhadores remotos se veem em apuros em regiões de parca infraestrutura, considerando que 22% dos participantes da GBS comentaram que seu trabalho foi interrompido por problemas com a internet em casa.

Um espaço de trabalho flexível pode oferecer o melhor de ambos os mundos, com uma ampla gama de locais próximos às residências de seus funcionários, combinada à infraestrutura robusta de TI para que as equipes permaneçam conectadas e ágeis.

Quanto mais empresas perceberem a eficácia proporcionada pela flexibilidade, maior será o crescimento do trabalho remoto. Dentre os empreendedores e acadêmicos de administração do Global Leadership Summit da London Business School, 34% acreditam que até 2020 mais da metade da força de trabalho trabalhará remotamente em tempo integral. A economia do conhecimento se estruturou em torno de escritórios tradicionais por mais de meio século, mas agora as empresas começaram a prever um futuro mais flexível.